O secretário de Educação do Maranhão, Felipe Camarão, apresentará sua pré-candidatura ao Governo do Estado nesta quinta-feira (04), em meio a um clima de tensão no Partido dos Trabalhadores (PT).
Recém saído do Democratas e com apenas quatro meses de filiação ao PT, Camarão, que entrou com o projeto inicial de disputar uma vaga na câmara federal para ampliar a bancada petista, mudou de ideia e agora quer ser o próximo governador do estado.
Apesar do objetivo principal do PT Nacional ser eleger Luís Inácio Lula da Silva à presidência da República e à formação de uma bancada forte na Câmara dos Deputados em 2022, não deixa de ser intrigante a escolha de Felipe Camarão para representar o partido na disputa, tendo outros nomes mais relevantes disponíveis, como o do deputado federal, Zé Carlos.
Petista desde 2009, Zé Carlos já foi deputado estadual e está no segundo mandato na câmara federal. O parlamentar é conhecido por defender o direito à habitação, a expansão e melhoria da educação do campo, a valorização da agricultura familiar, o combate à corrupção, políticas públicas voltadas às comunidades quilombolas e aos povos indígenas, por exemplo, conduta condizente com as lutas petistas.
Já Felipe Camarão é procurador federal e comandou algumas pastas como o Procon e as secretarias estaduais de Gestão e Previdência, da Cultura e Educação e é o atual presidente da Fundação da Memória Repúblicana. Diante da bandeira do partido e do histórico dos filiados, feita a comparação, fica a pergunta: Por que o uma parte do PT quer Camarão?